Em videoconferência, o autarca participou na conferência Portugal -- A Soma das partes, a decorrer em Lisboa, e considerou que o "regime que nasceu em 25 de Abril vive um momento que carece de reformas muito profundas, no sentido de [lhe] conferir governabilidade e credibilidade".."Estamos num quadro em que temos de ter espírito aberto e tudo deve ser equacionado", comentou Rui Rio para justificar que a regionalização "cabe no debate"..Assumindo ter votado contra e feito campanha pelo não na altura do referendo à regionalização, em 1998, Rui Rio admitiu estar "completamente aberto, não a votar sim num eventual referendo, mas a debater" num quadro de "reforma de regime, que precisa de diversas reformas"..A dúvida de Rui Rio seria se os partidos seriam capazes de discutir "desapaixonadamente" esta matéria..O autarca do Porto lembrou que o Tribunal Constitucional na Alemanha está numa cidade que em Portugal seria o equivalente a "Ponte de Lima".."Tudo o que pode ser feito à escala local, deve ser feito, dada a proximidade dos responsáveis às questões", defendeu..Questionado sobre alterações nas leis eleitorais, Rui Rio garantiu não querer destruir o regime, mas ter um "desejo de salvar o regime, de refundar o regime"..O autarca assumiu "não ser apreciador dos círculos uninominais" e que a lei eleitoral para o parlamento deve ser alterada, nomeadamente por Lisboa e Porto serem "círculos muito grandes".."Podemos votar de forma diferente", sugeriu Rui Rio, exemplificando com a possibilidade de com maior abstenção haver menor número de eleitos.